A cultura urbana é um dos mais fortes segmentos artísticos de Bento Gonçalves e abre 2025 com dois eventos contemplados pelo Fundo Municipal de Cultura. Ligado ao movimento do Hip Hop, a programação dá continuidade e fortalece os laços de identidade deste segmento tão importante para diversidade cultural.
No dia 25 de janeiro, a partir das 14h, na Sala Hip Hop (Rua João Antoniazzi, 41, bairro Humaitá), ocorre o 2º Encontro de Black Book. O evento vai contar com dois workshops, sendo um com Tio Truck, uma das lendas do graffiti gaúcho que vai fazer um bate-papo sobre a história dessa arte do Hip Hop no Estado do Rio Grande do Sul, e outra com Wallis, que é outra figura importante que vai falar sobre o graffiti ferroviário no Brasil.
Ainda, vai rolar um encontro onde as pessoas levam seus cadernos para trocar desenhos, técnicas, adesivos, além de reunir grafiteiros, a galera do sticker, para fazer um intercâmbio de ideias, e a atividade Sopa de Letras com a confecção de um graffiti coletivo.
De acordo com o produtor cultural, o b.boy Pedro Festa, o 2º Encontro de Black Book expressa uma “troca de técnica, de conhecimentos. É uma interação porque a gente entende os elementos do Hip Hop só com a arte pronta, e o graffiti faz parte do fazer cultural. Todo escritor dessa área tem o seu livro, seu black book, e essa coisa de trocar colinha, adesivo, faz parte da história de origem da cultura do Hip Hop. É uma forma de manter essa chama acesa, de preservar o graffiti na cidade e unido”, frisa.
No dia 26 de janeiro, a partir das 15h30, ocorre o Hip Hop no Zoka, em frente ao Salão Nossa Senhora das Graças, no bairro Eucaliptos, proporcionando um evento de Hip Hop mais voltado para o público infantil, além apresentações de cultura urbana e de graffiti, o evento vai ter brinquedos infláveis, cama elástica, corte de cabelo gratuito, entre outras atrações.
“É uma forma de trazer esse público periférico para a cultura Hip Hop. A importância é de estar sempre ativo, de estar presente nos bairros periféricos. O Eucaliptos já rolou o Kbrada Graffiti com a confecção de painéis nas casas dos residentes que queriam ter e por meio de entrevista com o pessoal, tivemos um feedback super positivo, além de outro projeto ter proporcionado seis meses de oficinas. E agora a continuidade de ações para que a cultura esteja presenta lá, não de forma pontual, mas de manter essa atividade acontecendo”, ressalta Pedro Festa.