O Moinho Covolan, uma dos mais antigos e tradicionais prédios do centro de Farroupilha, busca apoio para que a edificação seja faça parte do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado. Um abaixo assinado on-line já conta com mais de quatro mil assinaturas e a presidente da Associação Cultural Moinho Covolan, Carolina Czarnobai Benvenuti, estará na Câmara de Vereadores, na próxima segunda-feira (12), falando sobre a importância do prédio para a história da cidade.
Construído por Antônio Covolan, por volta de 1920, inicialmente era uma construção de madeira com energia gerada por máquina a vapor. Em 1926, deu-se início a construção da edificação em alvenaria de tijolos maciços que resiste até hoje.
Seu estilo arquitetônico proto-modernismo, com semelhanças da Art-Deco característico das décadas de 30 e 50, surpreende por não possuir nenhuma viga de concreto para sustentar seus 5 andares, chegou a ser o prédio mais alto de Farroupilha.
O Moinho Covolan encerrou suas atividades com moagem de trigo no final dos anos 80, mas um dos netos de Antônio, Gustavo Covolan, vem desde 1992 dedicando sua vida para manter o prédio.
No começo dos anos 2000, Gustavo decidiu fazer do lugar um bar e iniciou as reformas do prédio, que duraram até 2008. Por não possuir verba para tais reformas, materiais reciclados foram usados, exemplo disto é o isolamento acústico do telhado feito com 5.000 garrafas PET. A obra manteve toda a originalidade do local.
O prédio hoje abriga um espaço de eventos, onde movimenta a vida noturna da cidade, um café, um Museu que abriga o pistão do motor e algumas peças que faziam parte do maquinário e que é reconhecido e registrado em 2018 pelo IBRAM – Instituto Brasileiro de Museus, fazendo parte do acervo nacional e uma Associação Cultural que atua como um centro de projetos e ações de formação educativa e de empreendedorismo criativo e colaborativo contando também com um espaço de Coworking.
Fonte: Leouve / Foto: Reprodução Internet