Em meio a pandemia de coronavírus pelo mundo, diversas empresas têm permitido ou determinado que os colaboradores trabalhem sob regime de home office para conter a disseminação do vírus. A modalidade já era prevista na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), nos artigos 75-A a 75-E, da Lei n.º 13.467/17, e também foi contemplada na MP n.º 927/20 publicada no domingo (22).
A Fecomercio lembra que trabalhar fora do ambiente corporativo requer cuidados com a proteção de dados, ressalta também que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entra em vigor em agosto e as empresas que descumprirem a legislação ficam sujeitas a multas.
É evidente que o ambiente de acesso virtual da casa do colaborador é mais vulnerável que o corporativo, que dispõe de sistemas mais adequados e específicos para a proteção dos dados. “O roubo de dados pode gerar danos irreparáveis para as empresas, considerando o sigilo e a confidencialidade de determinadas informações que são trafegadas pela internet e usadas de forma indevida por um terceiro, podendo comprometer, inclusive, a existência do negócio”, alerta Kelly Carvalho, assessora econômica da Fecomercio.
Medidas simples e eficientes
Por isso, é preciso rever o sistema de segurança do acesso remoto empresarial. Em alguns casos, será necessário investimento, mas algumas medidas simples já podem auxiliar nesse primeiro momento como: alterar periodicamente usuário e senha; cuidado com mensagens desconhecidas, não clicar em links contidos nesse tipo de mensagem; manter atualizado o sistema operacional e o antivírus; deixar ativo o bloqueio de tela para mais de um minuto sem uso; não utilizar sistema de wi-fi público/desconhecido; também deve-se alterar a senha do wi-fi de casa com frequência; evitar ao máximo compartilhar informações confidenciais da empresa por e-mail ou mensagens; armazenamento de informações em nuvem ainda é considerado seguro; no caso de os funcionários estarem com equipamento da empresa, recomenda-se instalação de localizador geográfico; atualizar o sistema para solicitar autenticação de dois fatores e usar a criptografia de informações.
Além disso, com o boom dos stories nas redes sociais, é necessário orientar o funcionário a não compartilhar a tela do notebook com projetos em andamento, pois hackers podem se passar por eventuais “amigos” para captar informações restritas e sigilosas.
A Fecomercio sugere, ainda que a empresa estabeleça políticas e procedimentos de trabalho remoto claras e que abranjam o uso de todos os dispositivos, fornecendo aos seus colaboradores ferramentas que sejam eficazes e fáceis de se proteger. É importante, também, engajar a equipe sobre a importância do tema, mudando a cultura da empresa, com pequenos ajustes em programas de segurança de dados que não implicam em um volume considerável de investimento. “O custo da não implementação de medidas eficazes, seguras e de fácil entendimento para todos pode ser maior do que a sua implementação”, recomenda Kelly.
A Instituição recomenda também que os gestores estejam preparados para os alinhamentos de trabalho a distância, com foco no resultado, para isso pode-se combinar entregas periódicas sem se ater ao processo que cada indivíduo precisa para finalizar a tarefa.
Fonte: Assessoria de imprensa Fecomercio / Foto: Reprodução internet