A exposição “O que ficou – Histórias reais ou não” foi desenvolvida pelas amigas e fotógrafas Emily Coelho e Sara Verza, que buscam através da imagem, documentar, criar e comunicar o que consideram importante, como por exemplo a fotografia, a arte e a família. A abertura da mostra acontece juntamente com uma visita guiada no dia 19 de maio, às 19h, na Sala de Exposições do Centro Municipal de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho.
A falta de informações a respeito do passado da família de ambas e a necessidade de revisitar aquilo que até então estava apenas guardado em caixas, em algum canto da casa fez com que o foco das artistas se voltasse para a recordação de fotografias antigas de suas famílias, bem como criar novas, e também traduzir por meio de intervenções com diferentes técnicas as histórias conhecidas das pessoas que estão nos retratos, e construir novas narrativas para aquelas que não conhecem.
O olhar para o passado fez com que as artistas pudessem entender mais sobre a trajetória daqueles que foram, e que ainda são importantes para alguém. A conexão com o material selecionado, a percepção diante deles e a intuição trabalham como guia para auxiliá-las neste processo. “Com isto, gostaríamos de abordar a importância de documentar quem nos rodeia, quem amamos. Registrar, catalogar, nomear, legendar e valorizar as pessoas que, por algum motivo, são importantes para nós,” comentam as artistas.
A mostra, que fica em cartaz até o dia 18 de junho, pode ser visitada de forma gratuita, nos seguintes horários: segundas, das 9h às 16h; terças a sextas, das 9h às 22h; finais de semana, das 16h às 22h. A visitação tem classificação livre.
Além da mediação das artistas na visita guiada de abertura, elas também estarão realizando o workshop “O que vai ficar – Álbuns de família”, uma oficina de criatividade e criação de novas narrativas através de imagens e textos, direcionado ao Programa Educativo UAV, nos dias 14 e 16 de junho.
Sobre as artistas:
Emily Coelho é uma artista de alma, sempre em busca de achar o seu lugar no mundo encontrou na fotografia uma forma de aliviar a sua mente inquieta. Já percorreu diversas áreas das artes colecionando referências que fizeram parte da construção do que é hoje. Graduada em fotografia, encanta-se pelas áreas de fotografia artística, documental e jornalística, em suas criações é movida pela música, pelas cores, pelos significados e tudo o que possa conter poesia. Atualmente trabalha na área de fotografia afetiva e está sempre em busca de histórias interessantes para compor as suas narrativas.
Sara Verza é artista visual e diretora de arte. Há mais de 10 anos trabalha e estuda com foco em criação e ensino. Usa o equilíbrio entre a intenção e a intuição para criar imagens únicas, tanto a partir da câmera, ou utilizando fotografias já existentes gerando novos significados. Independente da técnica utilizada, acredita que a arte é o reflexo do artista. No seu caso, a arte é a sua extensão, o seu modo de ver e se comunicar com o mundo, suas reflexões materializadas como forma de recordação e, possivelmente, um meio de autoconhecimento. Livre de manuais, métodos e técnicas específicas, resolveu acolher a dualidade do todo e abrir o seu olhar para a poesia do cotidiano e das mudanças para o agora.