O coletivo Gotas de Vida, juntamente com o Instituto de Leitura Quindim, realizam no próximo sábado, dia 11 de novembro, às 14h, o evento “Doce Novembro – Um encontro de conhecimento, cultura e diversão”, com profissionais e familiares que abordarão temas relacionado à doença
O Instituto aderiu à causa do coletivo Gotas de Vida – famílias com crianças e jovens de Diabetes tipo 1 Mellitus (DM1), que visa um tratamento correto e seguro para os portadores por meio da inclusão do sensor Free Style Libre, no sistema público de saúde para crianças e adolescentes.
O encontro terá profissionais da área da psicologia e endocrinologia, que farão talks com o público adulto, enquanto que as crianças serão recebidas no Ateliê Araçari, um ambiente preparado com atividades artísticas e lúdicas. Tudo isso para proporcionar uma tarde de muita troca de conhecimento e cultura, sobre o DM1.
O grupo caxiense Gotas de Vida, criado no início de 2023, é formado por familiares de crianças e adolescentes com Diabetes tipo 1 Mellitus. Atualmente são em torno de 60 famílias, com aproximadamente 140 crianças e adolescentes com DM1 na cidade. A luta do Gotas de Vida é unir pais e familiares interessados em sensibilizar a área da saúde pública afim de garantir um melhor tratamento para as crianças e jovens via SUS. Além de divulgar ao máximo o Diabetes tipo 1 para acabar com a falta de conhecimento e preconceito social. E a tecnologia é uma aliada nesse processo.
O Free Style libre é um sensor glicêmico em formato de botão, que fica fixo na pele da criança e recebe o sangue. Através dele é possível que a glicemia seja monitorada apenas passando o leitor ou o celular no sensor (como um scaner), a qualquer hora, inclusive na madrugada, momento em que as glicemias costumam cair ou subir bastante e os pais ou responsáveis precisam ficar em constante alerta. Além de mostrar a glicemia, o sensor também avisa se o número apresentado irá se manter estável, subir ou descer. Já existe no exterior versões mais novas, que apitam, mas sem previsão para chegarem no Brasil. O nacional é comprado em farmácias, a cada 14 dias, e tem um custo médio de R$ 300,00.
O que é o diabetes mellitus tipo 1 (DM1)?
O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é menos comum que o tipo 2. Estima-se que cerca de 10% de todos os casos da doença correspondam a essa versão. O número de casos no Brasil e no mundo vêm crescendo cada vez mais e a estimativa, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 347 milhões de casos de diabetes em todo o mundo. O diabetes mellitus tipo 1, assim como o tipo 2, é caracterizado pelo excesso de glicose (açúcar) no sangue, o que desencadeia uma série de complicações no organismo. Mas, nesse caso, a doença surge em geral na infância e na adolescência, traz sintomas como vontade urinar e perda de peso, e tem origem autoimune. Ou seja, as próprias unidades de defesa do corpo passam a destruir o pâncreas, responsável pela produção de insulina. O maior incômodo do tratamento são as constantes aplicações de insulina que devem ser feitas diariamente. O paciente deve monitorar ela regularmente, através de um exame denominado glicosúria, ou ponta de dedo. Neste exame o paciente fura a ponta do seu dedo e coloca a gota de sangue em uma fita que será lida por um aparelho portátil. A aplicação de insulina costuma ocorrer de 2 a 5 vezes por dia, tentando imitar o que seria um funcionamento fisiológico. Para esta aplicação, pode-se utilizar seringas descartáveis, canetas de aplicação de insulina ou as bombas de infusão de insulina.
O Dia Mundial da Diabetes é comemorado desde 1991, em 14 de novembro, data de aniversário de Sir Frederick Banting, co-descobridor da insulina, juntamente com Charles Best. O tema adotado para as campanhas dos anos de 2021 a 2023 é “Acesso aos Cuidados da Diabetes”.
Serviço:
Evento “Doce Novembro – Um encontro de conhecimento, cultura e diversão”
Data: 11/11/2023
Local: Instituto de Leitura Quindim (rua Sinimbu,1670, 6ºAndar, no Pátio Eberle)
Evento gratuito e aberto para toda a comunidade.
Palestras:
14h:15min – Dra. Márcia Inês Boff: Médica endocrinologista com foco em crianças e adolescentes. Atualmente, professora de Endocrinologia do curso de Medicina da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e coordenadora do ambulatório de Endocrinologia Pediátrica da mesma instituição. Irá falar sobre “Monitorização continua da glicose”.
15h – Psicóloga Ana Paula Lundgren: Graduada em Psicologia e Direito pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), pós-graduada em Psicologia Cognitivo- Comportamental pela mesma instituição. Especialista em Avaliação Psicológica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e em Psicologia Jurídica pela (SBPJ). Falará sobre “Como manter a infância da criança sobre um diagnóstico de tamanha responsabilidade e demanda”.
15h50min – Mateus Wagner: Diabético tipo 1 desde 2017, policial militar, árbitro de futebol, personal trainer e influencer. Irá falar sobre “A trajetória da descoberta do diagnóstico de DM1”.