O Canadá anunciou, na segunda-feira (22), que vai limitar por dois anos a emissão de autorizações a estudantes estrangeiros.
O país também afirmou que vai deixar de conceder autorizações de trabalho a alguns estudantes de pós-graduação.
A expectativa é de que a restrição resulte em aproximadamente 360 mil autorizações de vistos para estudantes internacionais aprovadas em 2024 – uma redução de 35% em relação ao ano passado.
Ele disse que a principal razão para o limite é proteger os estudantes que frequentam faculdades, que muitas vezes são parcerias público-privadas, que prestam serviços inadequados a custos elevados, mas também para aliviar a pressão sobre a habitação e os serviços.
“Algumas instituições privadas aproveitaram-se dos estudantes internacionais, operando campi com poucos recursos, sem apoio aos estudantes e cobrando altas mensalidades, ao mesmo tempo que aumentaram significativamente a entrada de estudantes internacionais”, disse Miller aos jornalistas.
“Este aumento também pressiona o setor imobiliário, o sistema de saúde e outros serviços”, disse ele, acrescentando que o limite ajudaria principalmente a baixar os preços dos aluguéis.
Estas questões pesaram sobre o apoio do primeiro-ministro liberal, Justin Trudeau, com as pesquisas apontando que ele perderia uma eleição se esta fosse realizada agora.
No terceiro trimestre do ano passado, a população cresceu no ritmo mais rápido de mais de seis décadas, com os residentes temporários – na sua maioria estudantes – chegando a 312.758, o maior número em mais de cinco décadas.
A Aliança Canadense de Associações Estudantis (CASA), um grupo de defesa dos estudantes, criticou o limite.
“O maior problema é que foi anunciado um limite que é uma reação à crise imobiliária”, disse o Diretor de Advocacia da CASA, Mateusz Salmassi, acrescentando que o que é necessário é mais apoio e alojamento para estudantes internacionais.
A Universidade de Toronto saudou o anúncio e disse que trabalharia com todos os níveis de governo na atribuição de autorizações de estudo.
As mudanças estão “focadas em abordar abusos no sistema por parte de atores específicos e não se destinam a impactar negativamente universidades como a nossa”, afirmou a universidade em comunicado.
Fonte CNN