O MiniTouch, prótese permite que amputados possam sentir a temperatura em prótese de mão. O primeiro homem a usá-la se emocionou
Uma prótese de mão inovadora permite sentir a temperatura, o calor de outra pessoa. A nova tecnologia foi desenvolvida por cientistas da Itália e Suíça e está sendo comemorada no mundo.
O dispositivo chamado MiniTouch permite transmitir sensações térmicas da ponta do dedo da prótese para o braço residual do usuário. E o resultado tem sido emocionante!
Fabrizio, amputado há 37 anos, foi o primeiro amputado a experimentar o aparelho e pôde diferenciar com 100% de precisão entre objetos quentes e frios. “Quando um dos pesquisadores colocou o sensor em seu próprio corpo, pude sentir o calor de outra pessoa com minha mão fantasma”, disse ele.
Como é possível?
O MiniTouch utiliza sensores térmicos na prótese, que transmitem a sensação de calor ou frio na pele próxima à área amputada, sem necessidade de cirurgia.
São as terminações nervosas no membro residual que desencadeiam essas percepções.
“Pela primeira vez, estamos realmente perto de restaurar toda a paleta de sensações aos amputados”, relatou o professor Silvestro Micera, co-autor sênior do estudo.
Calor humano
Em testes clínicos, Fabrizio foi capaz de distinguir perfeitamente entre três frascos contendo água em temperaturas de 12°C, 24°C e 40°C.
Ele também conseguiu classificar rapidamente cubos de metal de acordo com diferentes temperaturas.
“Foi uma emoção muito forte para mim. Foi como reativar uma conexão com alguém”, disse Fabrizio sobre a sensação.
Pesquisadores querem ampliar as sensações
O próximo passo do MiniTouch é incorporar informações térmicas de várias partes do membro amputado, não apenas do dedo indicador.
Isso permitiria aos amputados, por exemplo, sentir quando alguém toca a parte de trás da mão.
A intenção é que eles possam perceber se algo é suave e quente ou duro e frio.
Robôs com sensações físicas
Essa nova tecnologia, que foi publicada em um estudo na revista Med, marca um grande avanço na área das próteses.
Os cientistas acreditam que em breve será possível restaurar uma gama completa de sensações nas mãos robóticas, melhorando consideravelmente a qualidade de vida dos amputados.
A pesquisa também pode beneficiar não apenas as próteses, mas também possibilitar que os robôs experimentem uma ampla variedade de sensações físicas.
A prótese com sensor térmico foi capaz de identificar a temperatura de cubos metálicos. – Foto: EPFL/Caillet
Com o dispositivo, Fabrizio ainda conseguiu identificar o material de objetos de vidro, cobre e plástico. – Foto: EPFL/Caillet
Fonte: GoodNews Network.