Pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) concluíram que o hormônio irisina, produzido durante atividades físicas regulares, pode reduzir as chances do desenvolvimento do Alzheimer. A doença neurodegenerativa atinge 35 milhões de pessoas no mundo e 1 milhão só no Brasil, de acordo com números da OMS (Organização Mundial de Saúde). A preocupação com a perda de memória é ainda maior entre os idosos.
Antes, o que se sabia era que a irisina atuava na queima de gordura. Testes em camundongos revelaram que o hormônio também é produzido pelo cérebro e que uma rotina de exercícios pode ajudar até a recuperar as lembranças que já estavam perdidas.
Em pacientes com Alzheimer, micro-moléculas de proteína se aglomeram nas ligações entre um neurônio e outro, dificultando a comunicação entre eles. O estudo indica que a presença da irisina no organismo reduz a ação dessas moléculas, ajudando a restabelecer essa comunicação.
“Vimos que pacientes com Alzheimer têm baixíssimo nível de irisina no cérebro. Então colocamos os camundongos em uma rotina de natação cinco vezes por semana, durante cinco semanas. Daí, notamos que eles recuperavam a memória”, conta o neurocientista e professor do Instituto de Bioquímica da UFRJ Mychael Vinícius Lourenço.
O estudo foi publicado na revista “Nature Medicine”. O próximo passo é fazer testes em humanos e desenvolver um medicamento que previna e cure o Alzheimer.
Fonte: Metro Jornal/ Foto: reprodução/ band