O químico James Kornacki desenvolveu um aparelho compacto capaz de retirar os sulfitos dos vinhos, batizado de Ullo, depois de arrecadar US$ 300 mil por meio da doação de milhares de investidores por crowdfunding. O dispositivo pode ser acoplado em diferentes tipos de taças e decanters, filtrando e eliminando da bebida o componente químico.
Permitidos com a finalidade de prevenir a oxidação prematura da bebida, os sulfitos normalmente só não são encontrados nos rótulos de alguns vinhos denominados naturais ou orgânicos. O purificador Ullo, desenvolvido em parceria com agência de desing Minimal, também serve para aerar o vinho. Comercializado desde setembro, o aparelho pode ser comprado no próprio site da startup por US$ 79,90.
Os sulfitos e a saúde
Os sulfitos no vinho são prejudiciais? Alguns acreditam que não, considerando que a quantidade encontrada nas garrafas é menor que a encontrada em outros alimentos.
A maioria dos produtos alimentares contém sulfitos. Frutos secos descascados e embalados são campeões em sulfitos, com cerca de 10 vezes mais que o vinho. A substância também pode ser encontrada em sumos, queijo, marisco, vinagre, por exemplo. Até mesmo num simples bombom Sonho de Valsa.
Mas, afinal, os sulfitos no vinho são prejudiciais? Alguns acreditam que não, pelo menos não nas minúsculas quantidades encontradas em vinhos modernos. Embora essa quantidade possa teoricamente causar uma reação adversa em um asmático, é extremamente rara: a intolerância ao sulfito afeta menos de 1% da população.
Dada a aparente falta de riscos para a saúde, alguns produtores insistem em reduzir o uso de sulfito a um mínimo: apesar da utilidade em retardar a oxidação e combater bactérias nocivas, alguns acreditam ainda que os sulfitos anulam algumas das delicadas nuances da bebida durante a degustação.
Matéria original: Revista Adega.