As mudanças de hábitos durante o período de quarentena têm sido inevitáveis, ainda mais no que se refere ao consumo de alimentos. No entanto, é fundamental que as refeições do dia a dia sejam ricas em vitaminas para fortalecer o sistema imunológico, sobretudo, nessa época em que as pessoas estão buscando a preservação da saúde.
Mas, cuidar da alimentação é importante em qualquer época do ano e fase da vida, principalmente, durante esse período de isolamento social, pois nosso cotidiano foi modificado, o que aumenta a importância do consumo de alimentos saudáveis. “É essencial cuidar do corpo e manter a imunidade alta e, por isso, é recomendável o consumo de vitaminas C, E e K, presentes em alimentos como abacaxi, laranja, cenoura, mamão, abacate, brócolis, espinafre, batata doce, mandioquinha, beterraba e oleaginosas. Eles auxiliam nas defesas para infecções e invasores como vírus e bactérias”, explica a nutricionista Angela Hayashi.
Segundo ela, é importante ter, no mínimo, três refeições diárias bem equilibradas, considerando duas porções de legumes e hortaliças (almoço e jantar) e, uma fruta para acompanhar. O açúcar das frutas ajudará na manutenção da saciedade e reduzirá a vontade de consumi-lo além do necessário. “A ansiedade faz com que se consuma mais carboidratos do que seu corpo tem necessidade, manter uma dieta equilibrada ajudará a ter uma vida mais saudável”, explica.
Prevenção
Nessa fase em que as pessoas se preocupam em reforçar a imunidade, as bebidas saudáveis ganham ainda mais destaque no mercado. Lembrando que o Brasil ocupa o 4o lugar no consumo de alimentos saudáveis no ranking global e movimenta cerca de R$ 35 bilhões por ano, segundo pesquisa da Euromonitor, agência internacional de pesquisa de mercado. O estudo revela que, nos últimos cinco anos, o crescimento do setor de alimentos e bebidas saudáveis foi, em média, de 12,3% ao ano.
Reforçar o consumo de laranja e outros alimentos com vitamina C para melhorar a imunidade tem sido um recurso adotado por parte da população para auxiliar no combate ao Covid-19. No entanto, só isso não basta. Seguir as normas das autoridades do Estado são medidas essenciais para reduzir o contágio.
A nutricionista da Secretaria de Agricultura e Abastecimento paulista, Sizele Rodrigues, que atua na Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro), destaca que consumir até 200 mg/dia do nutriente também é extremamente recomendável para manter o sistema imunológico em alta, sendo essa quantidade facilmente alcançada em dois copos de suco natural da fruta.
“Além de manter uma alimentação saudável e equilibrada, outros hábitos como a boa hidratação, com o consumo mínimo de 2 litros de água por dia; a manutenção do sono; o controle do stress e a prática regular de exercícios físicos são fundamentais para o bom funcionamento do sistema imunológico e, consequentemente, para a prevenção de doenças”, afirmou Sizele.
Suco de laranja é destaque
O suco de laranja registra uma tendência mundial de crescimento. Consumidores no mundo todo buscam formas de melhorar a imunidade e os citros são alimentos ricos em vitamina C. A Organização Mundial da Saúde recomenda o consumo mínimo de 45 mg/dia desta vitamina, que é atingido com a ingestão de uma laranja.
De acordo com Ibiapaba Neto, diretor-executivo da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), há evidências de que a demanda por suco de laranja aumentou no mundo inteiro, principalmente nos Estados Unidos e Europa. Desde o início da quarentena no Brasil, as vendas de suco cresceram cerca de 15%, segundo dados da Kantar.
Para o executivo, os benefícios do consumo da laranja em um momento como esse, reforçam ainda mais a importância do setor de se manter 100% ativo: “Toda a cadeia continua funcionando normalmente, seguindo todas as recomendações oficiais dos órgãos públicos de saúde. Temos que viver um dia de cada vez e nos mantermos atentos, sempre com o espírito de que o nosso agro não pode parar”.
O cenário pode ser favorável à produção de citros de São Paulo, principal produtor de laranjas e principal exportador de suco de laranja do mundo. Levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, indica que, no mercado internacional, já se observa uma recuperação expressiva dos preços do suco de laranja.
Segundo os pesquisadores do Instituto, era observada uma tendência de baixa do preço do suco no mercado internacional e, a partir de 20 de março, foi percebida uma recuperação expressiva. Como os estoques de suco não estão baixos, esse aumento pode ser explicado pelos efeitos do aumento da demanda.
“Temos que viver um dia de cada vez e nos mantermos atentos, sempre com o espírito de que o nosso agro não pode parar”, Ibiapaba Neto, CitrusBR.
O Estado de São Paulo é o maior produtor mundial de laranja, tendo na safra agrícola 2018/2019 colhido mais de 13,6 mil toneladas, produção 5% superior a quantidade da safra de 2017/2018, quando a produção foi de 13 mil toneladas, aproximadamente. A safra de laranjas 2019/2020 no cinturão citrícola foi, aproximadamente, 35% maior que a anterior. São Paulo responde por cerca de 80% da produção nacional citrícola. A média da produção em 2019/2020 de laranja para mesa e indústria no cinturão citrícola que engloba São Paulo, Triângulo Mineiro e o Oeste-Sudeste de Minas Gerais é de 387 milhões de caixa com 40,8 quilos.
Embora grande parte do suco de laranja produzido no Brasil seja exportado, o consumo interno de suco NFC (suco pasteurizado, não concentrado) tem aumentado consideravelmente.
No cenário mundial, conforme Boletim Agro, nas quatro semanas que contemplam as duas últimas de abril e as primeiras duas de maio, o consumo de suco de laranja no varejo americano cresceu 30%, atingindo 38 milhões de galões. Foram vendidos US$ 199 milhões de NFC (contra US$ 143 milhões do mesmo período do ano passado) e US$ 64,2 milhões do FCOJ (contra US$ 48,72 milhões). No acumulado da safra, o crescimento é de 7% (de 251 milhões para 275 milhões de galões) e de US$ 1,76 bilhão para US$ 1,94 bilhão. Excelente notícia para nós.
Água mineral
No período de quarentena, as bebidas saudáveis representaram uma sustentação importante para a continuidade das operações das indústrias de bebidas. As engarrafadoras de água mineral trabalharam sem interrupções para abastecer o mercado. O produto é um item de primeira necessidade e o consumidor confia nos benefícios associados à saúde. As empresas fizeram adequações em seus procedimentos internos e nas operações de distribuição seguindo as orientações das autoridades de saúde. Procedimentos de Boas Práticas de Fabricação foram adaptados e melhorados para prevenção de problemas aos clientes. Mesmo assim, a maioria das fontes tiveram queda nas vendas, especialmente dos itens de descartáveis com reduções de cerca de 60%.
Café em um novo cenário
Mesmo durante a quarentena, as pesquisas revelam que mais da metade dos consumidores brasileiros aumentaram o consumo de café, com o consumo domiciliar apresentando aumento de 31% em volume. Como toda a economia, o setor de café deve sentir uma redução nas vendas do produto ao food service, já que as pessoas não podiam frequentar bares, restaurantes, cafeterias e outros estabelecimentos gastronômicos.
O Brasil tem se consolidado como o 2º maior mercado consumidor de café no mundo e o 5º maior em consumo per capita, com média de 2,5 xícaras por dia (enquanto o país líder, a Suécia, tem consumo de 3,5 xícaras/dia). Nos últimos anos, o café ganhou ainda mais representatividade na mesa do brasileiro.
Segundo dados recentes da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, no período 2019/2020, o Brasil representou 38,3% na produção mundial e foi responsável por 30,7% das exportações de café, o equivalente a mais de um terço do abastecimento em todo planeta.
O Brasil é o maior produtor de café do mundo exportando mais de 35,15 milhões de sacas por ano. Em segundo lugar vem o Vietnã, exportando 29,48 milhões.
A colheita deste ano teve início no final de maio e apresentou características muito diferentes das anteriores em virtude do Coronavírus. As fazendas se adaptaram aos protocolos desenvolvidos por agências de pesquisas como Emater, Embrapa e outras. Os protocolos mostram ao cafeicultor como agir desde o momento da contratação da mão de obra, transporte e alojamento dos trabalhadores até as ações de prevenção no dia a dia da colheita.
Principalmente no caso da colheita manual, a situação atual com espaçamento maior entre os trabalhadores deve significar maior tempo de colheita, redução de mão de obra e, em algumas propriedades, até mesmo a colheita de frutos ainda verdes junto com frutos no estado ideal de maturação. Isso pode ocasionar queda de rendimento, menor produtividade e a necessidade de controles adequados para que se possa garantir a qualidade do produto final.
Lácteos em movimento
Bebidas como iogurtes, leites fermentados e leite fluido também estão mantendo as vendas em níveis razoáveis. A Piracanjuba apostou na capilaridade dos canais de vendas e colocou à disposição dos consumidores mais de 60 opções de produtos para compras pela internet.
Para isso, a empresa fechou convênio com grandes plataformas de e-commerce, como Amazon, Americanas, Magalu, Mercado Livre, Shopper e outras. O investimento no e-commerce, que começou antes mesmo da pandemia, mostrou a força nos últimos meses, com crescimento de 200%.
Nas plataformas parceiras da Piracanjuba, produtos como leite, creme de leite, leite condensado e bebida láctea, estão disponíveis para serem entregues na casa do comprador, seja em unidades ou caixas fechadas. Os consumidores também encontram os itens das marcas Pirakids e Almond Breeze, já que elas estão sob gestão do Bela Vista, detentor da Piracanjuba.
“Ao escolher o formato de vendas on-line, nos preocupamos com duas questões: primeiro, em oferecer a variedade do nosso portfólio, para que o consumidor tenha acesso a muitas opções e, depois, em estarmos em um canal que dê segurança no ato da compra e nas entregas”, comenta o Gerente Comercial, Wesley Pádua.
A pandemia do novo coronavírus incitou mudanças de hábitos de consumo e, com isso, a Piracanjuba acompanhou o crescimento das vendas no varejo on-line, com destaque para o Piracanjuba Whey, que possui 23g de proteínas; o Leite Piracanjuba Integral e a linha Zero Lactose, que engloba o Leite Piracanjuba Zero Lactose, o Creme de Leite Piracanjuba Zero Lactose e o Leite Condensado Piracanjuba Zero Lactose.
“Conseguimos acompanhar a satisfação dos consumidores com o e-commerce e isso nos impulsiona a melhorar cada vez mais. As plataformas de compras permitem que o consumidor avalie o produto, a experiência de compra e a entrega. Além disso, também temos um Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) que monitora e atende as demandas, assegurando nossa responsabilidade em qualquer modelo de venda”, finaliza Wesley Pádua.
Outro fabricante de lácteos com destaque no cenário nacional, a Xandô aproveitou o momento para lançar uma nova embalagem para sua família de leites.
A embalagem cristal proporciona total transparência à família de leites integral, magro, light, zero lactose e creme de leite, envasados em embalagens de 1 litro. Com a transparência da cristal, a embalagem tornou-se não só mais bonita como ambientalmente sustentável, já que utiliza 22% menos plástico que a anterior. Somam-se a esses atributos o fato de ser inviolável, ter proteção ultravioleta (barreira que protege e assegura a qualidade dos produtos), ser 100% segura e 100% reciclável.
Fonte: Engarrafador / Foto: Reprodução Internet