Novembro é o mês onde se intensifica as programações, ações e atividades referente ao Dia da Consciência Negra e atenta a esta agenda de caráter plural como social, cultural e política, e, acima de tudo, combater o preconceito racial, o Centro Cultural 20 de Novembro em Bento Gonçalves, vem desde o dia 1º realizando uma movimentação de palestras, encontros, que promova a sensibilização de uma sociedade mais justa e respeitosa ao povo preto.

Assim, a programação iniciou com Afrovibe com o DJ Preto, onde foram trabalhados sons e danças da cultura africana, além de realizar reflexões sobre a identidade negra. No dia 6 de novembro ocorreu a palestra com Marilene Lima, presidente da Fundação Instituto de Negócios e de Afroempreendedorismo, de São Paulo.

O assunto está em consonância do Centro que, em 2025, de fazer uma feira afroempreendedorista principalmente para jovens negros, “orientar e incentivar que, sim, eles podem ocupar cargos nas esferas de poder, dentro de uma empresa. O mercado de trabalho precisa parar com essas discriminações raciais e de gênero. Não é incentivado de várias maneiras, desde a escola até no mercado de trabalho”, destaca a presidente do Centro Cultural 20 de Novembro, Zilda Marques Da Silva Nuncio.

No dia 20 de novembro, o Centro Cultural, a partir das 20h, vai realizar uma confraternização com Dança de Capoeira, ensino do Makulelê, reflexão, apresentação de teatro sobre a origem da capoeira, e vai ter uma convidada que é Chaneiry Jimenez Madeira, da República Dominicana e residente do Vila Nova II, que vai cantar uma cantiga chamada Dandara (heroína africana que ajudou na libertação dos escravos). Ela participa do projeto Capoerança.

No dia 29, a partir das 20h, ocorre uma mesa-redonda que terá como tema os 24 anos do Centro Cultural, as conquistas, o apoio do município. “Vamos refletir enquanto sociedade, da maneira como colaboramos para a construção da história de Bento Gonçalves”, ressalta a presidente Zilda.

Ainda, no último quadrimestre de 2024, o Centro Cultural 20 de Novembro iniciou palestras referentes ao livro “O registro da cor”, que tem autoria do historiador Lucas Anhaia e foi contemplado pelo Fundo Municipal de Cultura, tendo iniciado no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos AABB. O livro será lançado no primeiro semestre de 2025 e vai ter uma cópia em cada escola do município. Nele, terá uma arco histórico de quem foram os primeiros negros de Bento Gonçalves, como chegaram, da contribuição deles para a formação do município.