Nesta segunda-feira, dia 31 de agosto, é celebrado o Dia do Nutricionista. A data foi escolhida em homenagem à criação da Associação Brasileira dos Nutricionistas, que ocorreu em 1949.
O nutricionista é o profissional responsável pela nossa alimentação. Ele é indispensável durante o tratamento de doenças como diabetes, colesterol e hipertensão, além de auxiliar na perda de peso, no ganho de massa magra, na preparação física de atletas, entre outros.
E para comemorar essa data, nada melhor do que falarmos um pouco sobre nutrição, não é mesmo?
A equipe do Portal Leouve conversou com a nutricionista Dra. Fernanda Godoy Farto e separou algumas dicas sobre como ter uma dieta equilibrada, livre de modismos e radicalismo, e como diferenciar a fome física da fome psicológica, algo muito importante, principalmente durante o momento atual.
Alimentação equilibrada
Ter uma alimentação equilibrada é muito diferente de seguir dietas ou comer somente alimentos julgados como saudáveis. Segundo a nutricionista Fernanda, manter o equilíbrio é difícil, mas não impossível.
“O ser humano ‘equilibrado’ come durante a semana alimentos saudáveis e no final de semana, quando está em um momento de lazer, opta em comer algum alimento não saudável, mas que lhe dá prazer ou lhe remete algum bem-estar! Após essa escolha, na próxima refeição retorna aos alimentos saudáveis da sua rotina diária”, relata. “Por outro lado, a pessoa ‘desequilibrada’ não consegue manter essa constância. Ela segue extremos, ou come 100% errado ou restringe tudo. E quando sai da linha se sente um fracasso e usa isso como desculpa para seguir se alimentando mal”.
Pessoas assim são as que mais precisam de acompanhamento profissional, para mudar seu comportamento alimentar. O processo é lento, podendo levar anos, mas é necessário para que a pessoa entenda que o problema não está nas dietas, mas sim no seu comportamento.
“Nesses casos, para trabalhar o comportamento, nutricionista e psicólogo precisam trabalhar juntos para encontrar a raiz do problema, o que está desencadeando a situação”, explica.
Por fim, nenhum alimento precisa ser excluído, mas todos os alimentos precisam se encaixar na sua rotina de uma forma equilibrada!
Fome física X Fome psicológica
Você sabe diferenciar fome física da psicológica? Nos últimos tempos, devido ao estresse causado pela pandemia, um problema que tornou-se recorrente é a chamada ‘fome psicológica‘, quando seu corpo está saciado, mas você continua sentindo uma vontade incontrolável de comer.
“A fome física é sentida por todos os indivíduos, sendo o combustível que devemos dar ao corpo para que ele se encarregue de nossas atividades diárias. Geralmente ela vem gradualmente e pode ser adiada na impossibilidade de nos alimentarmos naquele determinado momento”, explica a nutricionista.
Já a fome emocional é sentida de forma súbita e tem urgência em ser sanada. A fome física pode ser satisfeita com qualquer tipo e quantidade de alimento. Já a emocional, não. Ela tende a causar desejos muito específicos como pizza, sorvete, chocolate e muitos outros. Na fome física, uma vez que sua necessidade está saciada, o estômago sente-se cheio e não demanda mais do que realmente precisa. Como quando vamos abastecer o carro no posto de gasolina e ele já se encontra com o tanque cheio: só voltamos novamente quando estiver prestes a não andar mais.
“Na fome emocional isso não acontece. Comemos e temos a sensação de que poderíamos continuar comendo. É quando ocorrem os ataques compulsivos”, relata. “A fome física não causa sentimentos de culpa ou arrependimento. Já a emocional sim, o que pode acarretar em problemas posteriores ou consequências negativas como aumento de peso, obesidade e todas as comorbidades associadas: aumento da diabetes, colesterol e pressão arterial e principalmente a progressão dos problemas emocionais”.
Ainda segundo a especialista, as principais formas de lidar com a fome emocional são identificar a causa, alterar fatores da sua rotina que possam estar lhe prejudicando e principalmente procurar ajuda profissional.