Uma postagem recente da mulher do zagueiro inglês Chris Smalling causou furor nas redes sociais. Segundo a jovem, ela e o marido foram surpreendidos pela presença de um misterioso objeto no céu enquanto passavam férias na Jamaica. Sam Smalling disse que foram momentos de êxtase, em que o suposto ovni, exibindo luzes coloridas que piscavam, teria permanecido em silêncio, à distância, por aproximadamente uma hora.
Teria sido mesmo um disco voador? Existe, afinal, vida em outros planetas? Embora o episódio suscite questões profundas e de difícil resolução, houve quem sugerisse, com uma ponta de humor, que o objeto teria sido apenas um dispositivo utilizado pelo técnico Mourinho para investigar as atividades do seu pupilo. Smalling, após defender por vários anos o Manchester United, atualmente encontra-se emprestado à AS Roma, onde, segundo o próprio atleta, vem aperfeiçoando o seu futebol.
De acordo com as leis da Física, tudo que sobe tem que descer. Contudo, se atentarmos para os curiosos personagens forjados no seio do futebol brasileiro, veremos que existiu alguém que, segundo as suas próprias palavras, parava no ar como um helicóptero, ou um beija-flor. Falamos de Dadá Maravilha, centroavante esguio e oportunista, que encantou plateias ao redor do país nas décadas de setenta e oitenta do século passado.
Em 1981, o exímio cabeceador defendia as cores do Bahia, atuando ao lado de feras como Osni e Gilson Gênio, sob a batuta do técnico Aimoré Moreira. Em determinada noite, enquanto dormia em sua casa no bairro de Itapoã, Dadá acordou sentindo uma estranha vibração. Para seu estupor, da janela do quarto era possível distinguir o vulto imóvel de um disco voador.
A visão inusitada acabou transformando o jogador. Em suas memórias, Dadá afirma que depois daquele dia ele se tornou um indivíduo melhor e mais sensível. Por outro lado, a sua vida pessoal entrou em uma espécie de colapso, com o término do seu casamento e repentinas dificuldades financeiras. Coincidência? Ou apenas o resultado místico do encontro com o obscuro mundo extraterrestre?
A beleza dos animais e florestas, das montanhas nevadas, dos lagos cristalinos e a vastidão dos oceanos parecem não satisfazer a ânsia do homem. Para ele, toda a generosidade e magnitude da natureza podem ser insignificantes se comparadas àquilo que repousa no negro e inexplorado espaço sideral.
Por outro lado, muitas vezes buscamos em devaneios e elucubrações sobrenaturais algo que sirva como uma panaceia para os nossos problemas cotidianos. Seria o paradoxo encantador dos ovnis, brilhantes e sombrios, aparecendo e desaparecendo de um modo fugaz no firmamento, apenas uma fuga e uma esperança inconscientemente orquestradas em nossos corações e mentes?
No caso de Pete Maravich, podemos dizer que sim. Um dos maiores jogadores da história do basquete, Maravich teve uma vida marcada pelo esporte, pela fama e pela dor. Nos anos 1960, o talento do jovem esquálido, capaz de criar e executar movimentos inovadores, como passes por trás das costas e pelo meio das pernas, causou grande sensação no âmbito dos torneios universitários norte-americanos.
Contudo, havia uma pressão constante sobre os ombros de Maravich. Mais difícil do que alcançar a condição de menino prodígio, era preciso continuar batendo recordes. Durante a sua carreira, o armador sofreria com uma certa debilidade em relação à bebida, propensão à depressão e problemas físicos no joelho. Após se tornar profissional, atuando em times como Atlanta Hawks e New Orleans Jazz, Maravich percebeu que talvez a vitória final não estivesse dentro das linhas de uma quadra de basquete.
Em busca de paz interior, Maravich investiu em práticas como o caratê e a religião, a jardinagem e estudos ufológicos. Foi então que ele escreveu “Levem-me!” no teto da sua casa. O apelo, destinado aos habitantes de outros planetas, talvez tenha sido atendido quando, no ano de 1988, Maravich faleceu subitamente durante uma partida amigável de basquete. Ele tinha apenas 40 anos.
Portanto, cuidado! Perscrutando o céu em uma noite escura, poderemos achar algo além de estrelas. Um sinal lúrido e luminoso quem sabe surja de repente, dando lugar ao medo e ao fascínio que repousam sob o manto mágico do desconhecido.