A estrela do futebol americano O.J. Simpson, muito conhecido pelo julgamento da morte de sua ex-mulher, morreu nesta quarta-feira (10), aos 76 anos, em Las Vegas. Ele estava tratando um câncer, e a morte foi confirmada por sua família nas redes sociais.
“No dia 10 de abril, nosso pai, Orenthal James Simpson, sucumbiu à sua batalha contra o câncer. Ele estava cercado por seus filhos e netos. Durante este período de transição, a família dele pede respeito a seus desejos de privacidade”, diz a nota publicada pela família do ex-atleta nas redes sociais.
OJ lutou contra o câncer de próstata nos últimos anos, mas sua saúde piorou recentemente. Ele chegou a ser internado e vinha recebendo cuidados paliativos nos últimos meses.
A vida pública de Orenthal James Simpson começou como “running back” no futebol americano universitário. Ele ganhou o Troféu Heisman de melhor jogador do país e, depois, construiu uma carreira na NFL, a principal liga do esporte.
Após o fim da carreira como atleta, ele se tornou ator e emplacou diversos sucessos de bilheteria com filmes, especialmente da trilogia “Corra que a Polícia Vem Aí”, estrelada por Leslie Nielsen. Ele também estrelou diversos comerciais de TV.
Simpson foi julgado por duplo homicídio. Seu júri atraiu um enorme interesse público e foi acompanhado de perto pela imprensa da época. Simpson foi absolvido dessa acusação em 1995 por um júri de Los Angeles, em um caso denunciado por muitos como um circo midiático que ficou conhecido como o “Julgamento do Século”, estrelado por advogados famosos.
Houve uma reviravolta no caso: um par de luvas encontradas na cena do crime que foram apresentadas como aquelas que o assassino usou não couberam em suas mãos. O veredicto foi recebido com descrença por muitos americanos, e a opinião sobre a culpa do atleta foi fortemente dividida em termos raciais. A polícia nunca chegou a apontar outro suspeito dos assassinados de Brown e Goldman, e os homicídios nunca foram resolvidos oficialmente.
Processo civil
Simpson foi absolvido criminalmente, mas um processo na Justiça cível foi aberto em 1997 e, nesse caso, ele foi condenado a pagar US$ 33,5 milhões em danos à família de Ron Goldman.
Esse foi só o início de sua derrocada como figura pública. No fim da vida, ele cumpriu uma pena de nove anos por assalto amão armada em um caso envolvendo artigos esportivos históricos. Ele saiu da prisão em 2017, em liberdade condicional, e terminou de cumprir a pena em 2021.
Com informações de Folha de São Paulo e G1