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No Viva com Saúde de hoje vamos falar sobre o câncer de boca

O câncer de boca registra mais de 15 mil novos casos anuais no Brasil, sendo cerca de 10 mil em homens, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Apesar de atingir uma das regiões mais sensíveis do corpo humano, a doença frequentemente não é diagnosticada em sua fase inicial. No Rio Grande do Sul, as projeções mais recentes do Inca, de 2023, apontaram 460 casos no público masculino e 120 no feminino.

Muitas vezes, os sinais precoces são confundidos com aftas, o que retarda a procura por ajuda e consulta”, frisa. Além disso, ele afirma que o desconhecimento e o acesso limitado a serviços médicos e odontológicos em algumas localidades também podem atrasar a avaliação.

Os sintomas frequentemente se manifestam através de feridas na cavidade oral que não cicatrizam por mais de 15 dias, manchas brancas ou vermelhas, lesões vegetantes – como verrugas – e/ou ulceradas, inchaço ou espessamento parcial da mucosa bucal e dificuldade em mastigar ou engolir. À medida que a doença progride, essas alterações podem se tornar dolorosas e dar origem a ínguas endurecidas no pescoço, indicando a possibilidade de metástase.

O principal fator de risco é o tabagismo. No entanto, o consumo excessivo de álcool, de bebidas em altas temperaturas durante longo prazo, o uso de próteses dentárias mal ajustadas que causam traumatismos crônicos, bem como o HPV e a falta de higiene bucal também contribuem para o desenvolvimento da doença oncológica na cavidade oral.

No caso dos lábios, outro agravante é a exposição excessiva à radiação solar que pode aumentar a probabilidade de câncer, especialmente na parte inferior, que se manifesta inicialmente como feridas que não cicatrizam. Por isso, usar protetor labial com filtro solar é uma forma eficaz de proteção, funcionando de maneira similar ao produto para a pele. Também é importante respeitar e evitar os horários de maior radiação ultravioleta, entre 10 e 16h.