A órbita terrestre fica cada vez mais poluída no passar das décadas, e todo esse lixo pode até mesmo colocar em risco pesquisas a respeito do Universo

Satélites desativados, pedaços de espaçonaves, ferramentas de trabalho perdidas por astronautas e muitos outros detritos formam o cinturão de lixo espacial que orbita a Terra.

Segundo alertado por cientistas, existem quase 30 mil destes circulando nosso planeta. Estão considerados neste cálculo todos os fragmentos de dimensões iguais ou maiores que uma bola de beisebol, aproximadamente.

Podemos ver a impressão digital do tráfego espacial humano no aerossol estratosférico. Adicionar à estratosfera uma grande quantidade de material que nunca existiu antes é algo que estamos considerando, assim como a enorme massa de material que colocamos no espaço”, comentou Troy Thornberry, um físico do Laboratório de Ciências Químicas da NOAA, em entrevista à CNN.

Limpeza

O problema apenas aumenta a cada ano — e pode passar por uma escalada com o turismo espacial —, com um dos primeiros relampejos de uma solução tendo ocorrido em 2022, quando a Astroscale (uma empresa de remoção de lixo orbital) lançou uma missão de demonstração de seus serviços.

ESA planeja parceria para limpeza de lixo espacial - Olhar Digital

Nela, uma espaçonave com um ímã gigante foi enviada para fora da atmosfera terrestre, conseguindo capturar um objeto espacial. No futuro, é possível que técnicas semelhantes sejam utilizadas para realizar uma “limpeza” da órbita planetária. A questão causa preocupação não apenas por ser um outro aspecto da poluição causada pela humanidade ao meio ambiente, mas também por oferecer risco à pesquisa espacial. Isso, pois esses fragmentos orbitam a Terra em alta velocidade, e sua colisão com satélites ou espaçonaves podem causar danos graves.

Fonte: UOL