Esse sapatos tem a promessa de conseguir se adaptar ao pé de quem o usa, levando em consideração vários fatores.
A maioria de nós, se não todos, usamos sapatos. Eles são necessários na maior parte das situações, tendo a finalidade de proteger os pés. Atribui-se aos egípcios a arte de curtir o couro e fabricar sapatos. Porém, existem evidências de que eles foram inventados bem antes disso, já no fim do período paleolítico.
Claro que, assim como a maioria das coisas, desde a sua invenção até os dias de hoje, os sapatos sofreram muitas mudanças e se reinventaram. Atualmente, eles podem ser dos mais variados tipos, indo desde um chinelo de dedo até um sapato super exclusivo e caro.
Contudo, mesmo com a variedade, a indústria de calçados não agrada todo mundo. Até porque, a numeração do sapato nem sempre dá certo com tantas variações de pés. Mas isso pode estar com os dias contados. Isso porque, agora existe um sapato impresso em 3D que se adapta aos pés de quem o está usando através de sensores. Então, se a pessoa ganhou ou perdeu peso, o calçado irá se ajustar e não causará desconforto no pé.
Sapato em 3D
Essa invenção é chamada de Evolve AI, e de acordo com Asa Ashuach, o designer, o calçado pode fazer o estudo do usuário ao longo do tempo e ir se aprimorando sozinho.
Para que isso seja realidade, os calçados são equipados com uma placa de circuito impresso em 3D e sensores para coletarem os dados. Ainda conforme o designer, o sapato consegue avaliar várias informações, como por exemplo, se a pisada da pessoa está mais para dentro ou para fora, se ela está ganhando ou perdendo peso, quanto ela transpira e várias outras coisas. Por conta disso, ele tem informações suficientes para se moldar aos pés de quem o está usando.
Como se tudo isso não fosse o bastante, ele também capta informações externas, como o clima e o terreno onde a pessoa anda. Então, se uma pessoa morar em uma região fria, o sapato se modifica para conseguir aquecer os pés. E se o terreno andado for íngreme, ele consegue deixar a caminhada mais leve.
O projeto desse calçado está sendo financiado pela União Europeia com colaboração de outras empresas. Até o momento, ele está exposto no Museu do Futuro de Dubai, nos Emirados Árabes. No entanto, a expectativa é que ele seja uma realidade comercial dentro de três anos.
Contudo, antes disso acontecer, Ashuach estabeleceu duas etapas. A primeira é a que ele chama de “primeira geração”, em que os sapatos coletam os dados dos usuários. Enquanto que a “segunda geração” é quando existem dados suficientes que já estão armazenados no sistema na nuvem para ser possível imprimir os sapatos.
Conforme Ashuach, ainda é necessário esperar aproximadamente um ano para que os dados possam captar as variações dos pés. Contudo, para que isso seja uma realidade, os donos do Evolve AI tem que concordar em ceder os dados pessoais.
Embora a impressão 3D esteja se popularizando em vários setores, isso não quer dizer que ela ficou mais barata. Por isso que, de acordo com estimativas do designer, a versão mais barata desses calçados deve ser aproximadamente 235 euros, equivalente a 1.270 reais, já o premium deve ser 500 euros, ou 2.700 reais.
Numerações
Mesmo com uma variação quase infinita de modelos e preços, os sapatos têm algo em comum. Todos eles têm uma numeração. Você já se perguntou de onde esses números dos sapatos vêm? E qual o motivo de eles mudarem entre determinados países?
A história da numeração dos sapatos data por volta do século XVII, na Inglaterra. Depois de testarem várias medidas, os ingleses adotaram o tamanho de um terço de polegada, 0,846 centímetros, o equivalente a um grão de cevada.
Então, durante Revolução Industrial, as nações europeias decidiram padronizar o tamanho do grão. Como resultado, eles tiveram a unidade de medida chamada ponto. Por isso que atualmente, o Reino Unido e alguns territórios que foram colônias britânicas, como por exemplo os Estados Unidos, usam o ponto como medida para os sapatos.
No entanto, como a variação de um número para o outro é relativamente grande, sendo quase um centímetro de diferença, criou-se a unidade “meio ponto”, que é 0,423 centímetros. Como resultado, esses países e regiões têm a numeração de sapato como 7,5 ou 8,5 e assim por diante.
O ponto é a medida que define a numeração dos sapatos. Contudo, o valor dessa unidade de medida varia de acordo com o país. Por exemplo, no Brasil e na França é adotado o chamado ponto francês.
Essa unidade de medida surgiu em Paris, no século XIX. Ela é o equivalente a dois terços de um centímetro, ou seja, 0,66 centímetros. Entretanto, a contagem brasileira é um pouco diferente. Isso porque, aqui se começa a contar a partir do -2.
Essa diferença na numeração dos sapatos seria assim: se no Brasil uma pessoa calça 35, na França o número do sapato seria 37. A diferença acontece por conta da diferença na largura média dos pés dos cidadãos de cada um desses países.
Nesse sentido, converter a numeração dos sapatos do Brasil para a França é uma coisa simples. Agora, a conversão da numeração brasileira para o padrão usado na Inglaterra já é um pouco mais complicado.
Isso porque, até o 13,5 é um tamanho infantil para os ingleses. Ou seja, se os sapatos de uma pessoa são 36 no Brasil, ela calça 18,5 no Reino Unido. Contudo, essa pessoa tem que pedir um sapato 5, já que a contagem recomeça no 13,5.
As medidas dos sapatos não são apenas essas. O Japão também tem sua medida. Contudo, a medida do país é mais fácil. Para eles, um ponto equivale a cada centímetro do pé. Ou seja, se o pé de uma pessoa tiver 20 centímetros, o número de sapato que ela irá calçar será 20.
Fonte: Olhar digital, MSN