O câmbio de um carro automático precisa de determinados cuidados. Veja o que não fazer para que ele tenha uma vida maior.
O carro moderno nasceu em 1886 quando Karl Benz patenteou seu Benz Patent-Motorwagen. E com o passar do tempo, os carros foram ficando cada vez mais modernos e se adaptando às necessidades novas, como por exemplo, o câmbio automático. Ele já é visto há algum tempo nos modelos intermediários e também nos topos de linha.
Dentre as comodidades dessa tecnologia está a troca de marchas sem o motorista precisar fazer manualmente. No entanto, mesmo ele estando presente em grande parte dos veículos vendidos no Brasil, muitos dos compradores nunca dirigiram um carro automático antes. Por conta disso, eles precisam se adaptar.
Dentre as comodidades dessa tecnologia está a troca de marchas sem o motorista precisar fazer manualmente. No entanto, mesmo ele estando presente em grande parte dos veículos vendidos no Brasil, muitos dos compradores nunca dirigiram um carro automático antes. Por conta disso, eles precisam se adaptar.
Manobrando com pressa, o motorista pode selecionar o “R” (ré) com o carro ainda indo para frente, ou então selecionar o “P” (estacionar) que trava as rodas motrizes. Por mais que isso seja feito com o veículo com velocidade baixa, de acordo com o engenheiro e conselheiro da SAE Brasil Cláudio Castro, com o passar do tempo isso vai danificando os componentes da transmissão automática.
“O risco é maior em câmbios mais antigos, cujas posições são acionadas mecanicamente. Modelos mais recentes são equipados com um controle eletrônico que impede acionar a ré ou a posição de estacionamento com o veículo ainda se movimentando”, disse ele.
2 – Tentar pegar no tranco o motor
De acordo com Edson Orikassa, ex-presidente da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), em teoria é possível que um carro automático “pegue no tranco”.
No entanto, o engenheiro mecânico e diretor técnico da SAV Motors do Brasil pontuou que é bem difícil que isso seja bem sucedido em modelos com esse tipo de câmbio. Até porque, conforme ele destaca, o sistema de injeção de combustível também precisa de eletricidade para funcionar.
Outro ponto ressaltado por ele é que o risco de detonar a transmissão é bem grande, por isso essa tentativa não compensa. “Mesmo que você consiga colocar a transmissão em ‘N’ para movimentar o veículo e selecionar a posição ‘D’ em seguida, não recomendo tentar”, alertou Orikassa.
3 – Ignorar a troca de óleo do câmbio
Muitas pessoas pensam que o câmbio automático não precisa de manutenção. Isso pode ter consequências bem pesadas no futuro. Até porque a transmissão automática tem engrenagens e peças que precisam estar bem lubrificadas.
O motorista pode ver os prazos e as especificações para troca do óleo no manual do carro. E dependendo das condições de uso do veículo ele pode ser antecipado. Em alguns carros essas recomendações não existem porque, supostamente, ele dura a vida toda do carro. Contudo, isso não quer dizer que o câmbio automático está livre de problemas de lubrificação.
“Pode acontecer algum vazamento, o que reduz o nível do lubrificante, elevando o atrito entre partes internas e elevando a temperatura, que é uma grande vilã quando se trata de carros automáticos”, disse Orikassa.
Outro ponto destacado por ele é que além da diminuição do nível, o óleo do câmbio pode recebe algum tipo de contaminação através de agentes externos, consequentemente diminuindo sua eficiência.
“Vale verificar o lubrificante durante as revisões. Se apresentar uma aparência escurecida, isso pode sinalizar que já não apresenta as características necessárias de lubrificação”, pontuou.
4 – Segurar o carro na rampa com o acelerador
Nos carros manuais, um erro comum é deixá-lo parado na subida pisando na embreagem e no acelerador. Essa prática detona a embreagem e, se for feita com frequência, irá fazer com que o item tenha que ser trocado antes da hora.
Os carros automáticos também podem ficar parados na subida sem precisar pisar no freio. Claro que isso depende da inclinação, mas tem algumas que a marcha lenta consegue “segurar” o carro. Ou então colocando uma pressão leve no acelerador.
“Usar a marcha lenta ou a aceleração para ‘segurar’ o carro esquenta o óleo da transmissão e aumenta o consumo de combustível sem necessidade”, pontuou Castro.
Segundo recomendação do especialista, o motorista deve manter o pé no freio sempre que o carro estiver parado independentemente da inclinação da rua. “Dessa forma, o conversor de torque é desacoplado e o motor fica livre, sem gastar combustível”, disse ele.
5 – Colocar o câmbio no neutro enquanto está parado no semáforo
Quem está acostumado com carros manuais tem o hábito de colocar o carro em ponto morto quando está parado no semáforo ou em um congestionamento. Isso é uma prática certa.
No entanto, em um carro automático a recomendação é outra. O certo é deixar o câmbio no “D” e o pé no freio. “Mantenha na posição “D” com o pé no freio, pois isso mantém o sistema hidráulico pressurizado e os componentes lubrificados. A lubrificação de muitas transmissões automáticas depende da respectiva conexão com as rodas”, ensinou Castro.
Fonte e imagens: UOL