Irmãs siamesas se emocionam ao vestir casacos individuais pela primeira vez

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Para as irmãs que nasceram grudadas, foi um momento de grande emoção!

As gêmeas Marieme e Ndeye se emocionaram, bateram palmas e gritaram de alegria quando finalmente conseguiram colocar casacos individuais. Vestir uma roupa é algo que a maioria das crianças faz todos os dias, mas é uma vitória para as meninas, que são siamesas. Quando elas nasceram, os médicos disseram aos pais que eles só viveram poucos dias, mas a família lutou e elas desafiaram todas as probabilidades. A história das irmãs foi contada em uma série, chamada Inseparabale Sisters, do canal britânico BBC.

As meninas ganharam roupas feitas exclusivamente para elas — Foto: Reprodução/ BBC
As meninas ganharam roupas feitas exclusivamente para elas — Foto: Reprodução/ BBC
Em entrevista ao programa, o pai delas, Ibrahima Ndiaye, falou sobre as dificuldades de encontrar roupas que servissem nas filhas. E este era só um dos problemas das irmãs, que foram trazidas do Senegal para o Reino Unido, em 2017, quando tinham 7 meses. A ideia era buscar ajuda com os especialistas do Great Ormond Street Hospital, em Londres.

As meninas têm cérebros, corações e pulmões separados, mas compartilham fígado, bexiga, sistema digestivo e três rins. Embora a expectativa era de que vivessem apenas alguns dias, elas celebraram, recentemente, o sétimo aniversário, com os amigos, em uma escola primária de Cardiff.

Segundo o pai, as meninas precisam de cuidados 24 horas por dia e vestí-las é um dos obstáculos. “É preciso comprar dois tops idênticos e levá-los a uma costureira, para juntá-los”, revelou Ndiaye, no documentário. “Elas têm duas pernas, então, podem usar calças normais, mas o quadril é muito largo, então, também precisam de reformas”, afirma. ‘

Recentemente, elas foram a uma instalação especializada em design inclusivo, da Universidade de Gales do Sul, onde puderam escolher jaquetas criadas especificamente para elas. A cena aparece no emocionante trailer da série. Marieme e Ndeye ficam visivelmente entusiasmadas quando a estilista coloca seus novos casacos. Elas ganharam duas jaquetas personalizadas – uma acolchoada para “mantê-las aquecidas” e outra para “mantê-las secas na chuva”.

Enquanto escolhiam o novo agasalho, Marieme e Ndeye bateram palmas e se emocionaram. O pai, Ibrahima, também sorriu com as reações das filhas.

Ficar de pé e andar também é uma provação para as meninas. Segundo o pai, elas conseguem ficar de pé cerca de 20 minutos por dia, com a ajuda de uma estrutura feita especificamente para isso. Ibrahima diz ainda que só desejaria que as filhas pudessem ter uma “vida normal”, além de “brincar e rir com as outras crianças, fazer amigos e se desenvolverem como indivíduos”.

Ainda assim, ele fica muito orgulhoso do ponto em que chegaram. “Elas alcançaram coisas que ninguém pensava que conseguiriam”, disse ele. “Elas não precisam se esconder de ninguém e estar na escola regular mostra que fazem parte da sociedade”, disse Ibrahima. “Elas têm sorte de fazer parte desta comunidade”, acrescentou.

Marieme e Ndeye nasceram no Senegal em 2016. Lá, os médicos acreditavam que a melhor hipótese de sobrevivência para elas era a separação. A família entrou em contato com hospitais de todo o mundo – incluindo Bélgica, Alemanha, Zimbabué, Noruega, Suécia e América. Eles imploraram por ajuda, antes de optar por trazer as gêmeas para Londres. A esperança era de que os médicos britânicos conseguissem separar as meninas e, depois, voltar para o Senegal. Porém, os exames mostraram que o coração de Marieme estava fraco demais para a cirurgia e os médicos previram que ela não sobreviveria à operação.

Por isso, o pai optou por manter as meninas unidas. Depois, eles receberam uma autorização discricionária de permanência no Reino Unido, para que pudessem continuar recebendo tratamento médico.

A mãe das meninas voltou para o Senegal e cuida dos irmãos delas.

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Fonte: Revista Crescer